segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Futebol que ensina

Aqui solidariedade, saúde e educação jogam juntos
Foto: Raphael Sampaio
por RAPHAEL SAMPAIO

Voluntários ensinam a jovens futebol e cidadania

     Domingo é tradicionalmente o dia mundial do descanso. Serve pra dormir até mais tarde. relaxar as tensões da semana anterior e preparar os ânimos para a que inicia. Mas para um grupo de jovens é dia de aula. Aula de futebol.
     Sob o olhar atento de Jackson Moreira, cerca de 40 jovens entre 13 e 17 anos participam da escola voluntária que além dele conta ainda com Berg, outro idealizador do projeto. Entre eles, moradores da Vila Amazonas, Morro e regiões próximas. Porém, entre os alunos há quem venha até da Praça 14.
     A iniciativa, que completa 3 anos no mês de fevereiro, conta com o apoio da OAB que cede o campo do Clube do Advogado para as atividades, ocorridas todos os domingos das 07 as 09 horas. Mais apoio, por enquanto, só de amigos simpatizantes ao projeto.
    Ainda há os amistosos, jogados normalmente a cada duas semanas, e sempre muito disputados. Times de outros bairros da cidade visitam o campo e testam o futebol dos meninos, que segundo eles, vem melhorando. O saldo tem se mostrado positivo. "Ganhamos bem mais do que perdemos", garante Moreira, enquanto outro jogador bem mais otimista crava: "Ganhamos todas!".


Instrumento Social


     A boa vontade de Jackson e Berg pode ser medida pela única exigência feita aos alunos para participar das atividades. "Aqui a gente só exige que eles estejam estudando. Tem que estar na escola, e com boas notas." diz o primeiro, completando em seguida. "Estamos sempre observando os boletins deles". A medida é apoiada pelos atletas, muitos ainda no ensino fundamental. "Quem não tira nota boa, não joga", confirma um dos craques do time fora, enquanto aguarda o vencedor do jogo em andamento.
     As drogas também são uma preocupação para Jackson, que vê no esporte uma oportunidade de atrair os garotos para um caminho diferente do que costumam encontrar fora dali. "O fato de morarmos numa área dita nobre atrai drogas, e essa escolinha é uma chance de afastar esses meninos dessa má influência da rua"
     A falta de espaços de lazer na região é citado pelo técnico como um dos problemas. "Infelizmente não temos aqui mais quadras. Apenas o campo da OAB que é particular e, agora, essa quadra no passeio no Mindú", finaliza.

Um comentário:

  1. fiko de + o blog manolo
    sou eu o eduardo "TICO"
    V SE APARECE MAS VESES COM NOS LAH BLZ
    FIKA NA PAZ...

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